LIMA MACHADO PEREIRA (1877-1945)

LIMA MACHADO PEREIRA (1877-1945)

“PAISAGEM CAMPESTRE” – Óleo sobre madeira, representando vista de colinas e céu nebuloso. Obra assinada e datada no canto inferior direito [Lima Machado Pereira - 1925]. Pintura a necessitar de ligeira limpeza. Trabalho com moldura da época em madeira e gesso dourado, apresentando ligeiras falhas e defeitos.

Dim: 16x22 cm (Óleo)

Dim: 39,2x44,5 cm (Moldura)

 

Nota: Lima Machado Pereira (pseudónimo de António Joaquim Fernandes de Lima) – Pintor e escultor, nasceu no Porto em 30-12-1887 e faleceu na casa do Oratório (e seu atelier), lugar de Lodeiro, freguesia de Oliveira do Douro, a 25-12-1945. Dedicou-se à pintura já bastante tardiamente, sendo seu mestre e amigo, Artur Loureiro, quando este vivia já uma fase avançada da sua carreira, já depois do seu regresso da Austrália (1901). Seguidamente, com o apoio de seu cunhado, o Visconde Machado Pereira, que financiou a sua estadia, partiu para Paris, onde frequentou as melhores escolas da época e recebeu as influências dos demais artistas e mestres que ali viviam e trabalhavam. Porém, a Guerra de 1914-18, obrigou-o a deixar os estudos académicos e a regressar ao Porto, onde prosseguiu a sua aprendizagem na Escola de Belas Artes, sendo então aluno de Marques de Oliveira e Teixeira Lopes. Joaquim Lopes diz sobre Lima Machado Pereira, na revista Ocidente de 1946/1947 «Na terra que o seu coração e o seu pensamento elegera, lá em cima, nas serranias da proximidade do Douro, ele criara o seu último e verdadeiro ninho. No ponto mais elevado duma colina, entre pinheiros da sua particular simpatia, afastado do mundo, mandou construir uma casa, com espaçosa oficina, onde realizou a maior e melhor parte da sua obra magnífica. A Casa do Oratório, como passou a chamar-se, era na realidade um encantador retiro de devoção artística. Toda rodeada de árvores a cuja sombra, nas calmosas tardes de verão, o Pintor se acolhia para as estudar e nas telas inteligentemente, amorosamente traduzir, Lima Machado Pereira de tal modo àquele ambiente se afeiçoara que só por absoluta necessidade uma ou outra vez o abandonara. Foi com a obra Pinheiros velhos, pinheiros novos que ele impressionou os críticos e causou polémica. Este quadro integrou o espólio da Casa Museu Fernando de Castro e está hoje nas reservas do Museu Nacional Soares dos Reis». São de salientar as suas paisagens bravias e cenas campestres. Executou também muitas esculturas, nomeadamente a estátua do explorador Serpa Pinto, inaugurada em 1946, que se encontra no principal jardim de Cinfães. Ref. Biog. Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses. [pág.211] // Michael Tannock. [pág. 125] // Catálogo da Grande Exposição dos Artistas Portugueses-1935. [pág. 28 // Estampa 68].